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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Porque o Governo Joselir não escuta o povo?


Diz a Palavra de Deus: “Não é bom o que fazes, sem dúvida, desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; pois isto é pesado demais para ti, tu só não o podes fazer” Ex 18. 17,18.

Há uma grande resistência do Prefeito Joselir em ouvir e tirar proveito de boas opiniões e sugestões que possam melhorar e até endireitar a administração pública de nosso município que se encontra caótica. O dom de ouvir e compartilhar opiniões reporta aos tempos antigos em que o povo de Deus fazia a travessia do deserto. Tendo Moisés, por sugestão de seu sogro Jetro, escolhido e constituído chefes de grupos para que julgassem o povo de Israel, trazendo à Moisés apenas as faltas graves, sendo que as demais faltas, seriam resolvidas por eles mesmos, aliviando assim, uma grande carga de serviços e responsabilidade ao grande e fiel líder Moisés, conforme está registrado no livro de Éxodo, capítulo 18.

A ONG Transparência Cachoeirense vêm ao longo desses anos, solicitando e cobrando do Poder Executivo Municipal a realização de Audiências Públicas por ser uma das formas de participação e de controle popular da Administração Pública no Estado Social e Democrático de Direito. Ela propicia ao particular a troca de informações com o administrador, bem assim o exercício da cidadania e o respeito ao princípio do devido processo legal. Entre seus principais traços está o debate efetivo sobre matéria relevante, comportando sua realização sempre que estiverem em jogo direitos coletivos.

Têm-se cobrado do Governo Joselir, a conclusão e aprovação do Plano Diretor iniciado ainda no governo Robson. O Plano Diretor tornou-se uma obrigatoriedade para todas as cidades “com áreas de especial interesse turístico”. É o Plano Diretor que delimitará as áreas onde o planejamento urbano indicar a possibilidade de maior adensamento populacional e definirá os limites máximos de construção a serem atingidos, considerando a infra-estrutura existente e o potencial de densidade a ser alcançado em cada área. É o plano integrado de desenvolvimento do município onde estabelece todo o necessário para o correto desenvolvimento da cidade.

O art. 11 da Lei Orgânica, incisos VIII e IX, estabelece que:
Art.11 - Compete ao Município de Cachoeira Dourada - GO, dentre outras, as seguintes atribuições:
VIII - elaborar, observadas as normas da Constituição do Estado e as da legislação complementar, o Plano Diretor do Município;
IX - promover o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

No dia 06 de abril deste ano de 2015, atendendo ao anseio de grande parcela da população, devido a inúmeras reclamações de contribuintes de Cachoeira Dourada e Distritos, inconformados com valor e forma de cobrança da TAXA DE CONTRIBUIÇÃO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA, por não suportarem mais esse ônus financeiro de mais um tributo, adicionado a uma carga tributária extremamente elevada, com valor e forma de cobrança que penaliza a população de baixa renda; A ONG solicitou uma Audiência Pública ao Executivo e ao Legislativo Municipal, para que se possa discutir e buscar meios e formas mais justas que não cause danos aos cofres públicos, porém, que venha contribuir no sentido de amenizar em parte os sofrimentos e preocupações de nossa população menos favorecida.

Está em discussão na Câmara Municipal, com as Comissões Permanentes, um Projeto de Lei 044/2015, de autoria do Executivo que “dispõe sobre autorização ao Poder Executivo a proceder desafetação e permuta” de uma área pública com 10.912 metros quadrados de área a serem permutados com a empresa Thermas Cachoeira Dourada Empreendimentos Imobiliários Limitada.

Os membros da ONG e as Pessoas do Bem, nossos parceiros na luta por uma Cachoeira Dourada dos sonhos de nossos filhos e netos e todo cidadão e cidadã do bem, não queremos de modo algum, barrar ou atrapalhar o turismo e o progresso de nosso município, porém, a nossa preocupação é no sentido de que os poderes, Executivo e Legislativo municipais, observem e obedeçam aos princípios constitucionais da legalidade e da finalidade.

Como ambas as áreas envolvidas na desafetação e permuta, são consideradas áreas verdes, com espécies nativas, sendo ainda a área a ser recebida pelo Município destinada à Zona de Proteção Ambiental; e por não se conhecer alguns detalhes que envolvem essas transações, reforçamos o pedido da Vereadora Dra. Natália Camardelli, feito na Tribuna da Câmara no dia 07 de maio, para que seja realizada uma Audiência Pública onde a população receberá todas as informações necessárias e decida essa Permuta da forma Democraticamente correta.

A ONG Transparência Cachoeirense vem de público reforçar um pedido ao Poder Executivo e cobrar responsabilidades do Poder Legislativo no sentido de que seja concluído o PLANO DIRETOR da cidade de Cachoeira Dourada, cidade esta com vasta ÁREA DE ESPECIAL INTERESSE TURÍSTICO.

“O Plano Diretor pode ser definido como um conjunto de princípios e regras orientadoras da ação dos agentes que constroem e utilizam o espaço urbano”. “É um documento que sintetiza e torna explícitos os objetivos consensuados para o Município e estabelece princípios, diretrizes e normas a serem utilizadas como base para que as decisões dos atores envolvidos no processo de desenvolvimento urbano convirjam, tanto quanto possível, na direção desses objetivos”. (SABOYA)

Quando se deseja planejar algo, um elemento fundamental é poder responder à pergunta: “O que eu quero?” ou: “O que nós queremos?”. Esses objetivos não são “dados”, ou seja, não estão definidos a priori. Eles precisam ser discutidos democraticamente e consensuados de alguma maneira. A diversidade das cidades faz com que seja normal a existência de objetivos conflitantes e, por isso, discutir sobre os objetivos pode ajudar a encontrar soluções que contemplem mais de um ponto de vista.

Essa prática representa um avanço democrático – pois implica na mudança da democracia representativa para a democracia participativa – com a efetiva discussão dos problemas de relevante interesse social, exercendo-se um diálogo com os diversos atores sociais. Essa maneira de agir só tende a fortalecer o regime democrático, onde a participação de todos é valorizada na busca da solução dos problemas que afligem o dia-a-dia do cidadão.


“Para poder planejar é preciso saber onde se quer ir. O Plano Diretor deverá definir o caminho a ser seguido”.

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