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quinta-feira, 14 de março de 2013

Vândalos roubam os poucos pertenses do Sr. Claudemir na Prainha

Sr. Claudemir



No dia 03 de março, domingo por volta das 06:30 horas, uma cidadã de Cachoeira Dourada GO ao fazer uma caminhada pela manhã no calçadão da orla do rio, foi abordada por um andarilho, Sr. Claudemir, que está acampado na Praínha. Ele, chorando, relatou que seus pertences foram furtados nesta madrugada. Dormiu no sanitário da Prainha, pois chovia à noite e acordou pela manhã, sentindo falta de seus pertences. Deixaram ele sem comida, sem sapato, sem seus utensílios (uma rede, panela, arroz cru, até uma banda de limão e um pouco de cachaça). O pior de tudo, é que os supostos autores, segundo ele, eram homens bens vestidos, que ali se encontravam perturbando o sossego alheio com som automotivo, fazendo uso de bebida alcoólica, cujas pessoas estavam utilizando uma moto, um carro de passeio e, UM VEÍCULO PRESTADOR DE SERVIÇO DE UMA EMPRESA PÚBLICA DE GOIÁS.


Essa cidadã, conhecedora de atribuição da ONG Transparência Cachoeirense na área dos Direitos Humanos, pediu para que membros da mesma fosse até ao local para registrar tal situação. Deslocou-se um representante da ONG até à Prainha, ouviu o relato e desabafo do Sr. Claudemir, registrou-se com fotos o ambiente encontrado com os poucos pertences que lhe sobraram da ação de vandalismo pendurados em galhos das árvores no local de seu acampamento. Em seguida tentou-se contato com a Delegacia de Polícia para que fosse registrado um BO, sem atentimento por telefone. Então o membro da ONG deslocou até a Delegacia e solicitou o atendimento, recebendo a promessa de que uma viatura iria até o local solicitado.


Seus poucos pertences restantes
 
O Sr. Claudemir, andarilho, socialmente vulnerabilizado, chegou em Cachoeira Dourada e foi acampar nas areias da chamada “Prainha”, local que, costumeiramente, nos finais de semana reúnem-se inúmeros indivíduos para farras embaladas por bebidas alcoólicas e som automotivo desregrado. Carros, barracas e pertences em geral são deixados e montados na areia, assim como o próprio andarilho depositou sua tralha.
 

No local, completamente abandonado pela Administração Pública (só lembram desse local em época de festas tradicionais), não há normas de utilização, nem placas de advertência e nem quem, em nome da Administração, tente aplicar alguma, nem que fosse as que o bom costume recomendasse.

Então, a “Prainha” é patrimônio público largado ao relento, onde se pratica agressão ao meio ambiente, poluição do solo e das águas, porque é isso que resulta deixar estacionados carros e montar barracas sobre a areia, a poucos metros da água. Também é local de gerar infernal poluição sonora a qualquer hora do dia ou da noite, desrespeitando toda a vizinhança.
 

A Administração Pública também não viu (porque nunca foi capacitada e preparada para ver esse aspecto), que o Sr. Claudemir teve que ir se abrigar e dormir no sanitário ali instalado, na “Prainha”, para se proteger da chuva, degradando ainda mais sua condição humana. A Assistência Social em Cachoeira Dourada precisa atuar em situações como essa, de pessoas vulnerabilizadas socialmente e que acabam dormindo pelas ruas, praças, porta de bares e na “Prainha”.

Que a Prefeitura Municipal crie, divulgue e faça cumprir normas de uso dos espaços públicos, notadamente a “Prainha” e demais espaços da orla urbana, ordenando os locais, vigiando-os e impedindo a poluição da paisagem, do solo e das águas.

Que o Serviço de Assistência Social do Município, em conjunto com a Polícia Militar, sejam capacitados e possam cumprir atividades de prevenção e atenção a cidadãos socialmente vulneráveis que, passando ou estando aqui, sejam abrigados, retirados do relento, protegidos de atos de vandalismo e agressões.

Cachoeira Dourada precisa avançar muito no atendimento e na atenção aos que nos visitam.

Essa deveria ser uma preocupação de todos que aqui residimos e que amam essa cidade.


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