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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Água: a escassez na abundância


Vamos pegar uma carona numa matéria da Mariana Segala, publicada na revista Guia Exame Sustentabilidade em dezembro de 2012, procurando com isso, conscientizar a comunidade de Cachoeira Dourada GO sobre a necessidade de se fazer bom uso da água, colaborar e ter a consciência de utilizar menos água, e não desperdiçar pois, o recurso está escasso.

Hoje, 40% da população do planeta já sofre as consequências da falta de água. Além do aumento da sede no mundo, a falta de recursos hídricos tem graves implicações econômicas e políticas para as nações.

 

Água é o recurso natural mais abundante do planeta. De maneira quase onipresente, ela está no dia a dia dos 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta. Além de matar a sede, a água está nos alimentos, nas roupas, nos carros, enfim, em tudo que consumimos e utilizamos. Mas o recurso mais fundamental para a sobrevivência dos seres humanos enfrenta uma crise de abastecimento.


De acordo com estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa de Política Alimentar, com sede em Washington, até 2050 um total de 4,8 bilhões de pessoas estará em situação de estresse hídrico. Além de problemas para o consumo humano, esse cenário, caso se confirme, colocará em xeque safras agrícolas e a produção industrial, uma vez que a água e o crescimento econômico caminham juntos.

A diminuição da água no mundo é constante e, muitas vezes, silenciosa. Seus ruídos tendem a ser percebidos apenas quando é tarde para agir. Das dez bacias hidrográficas mais densamente povoadas do mundo, grupo que compreende os arredores de rios como o indiano Ganges e o chinês Yang-tsé, cinco já são exploradas acima dos níveis considerados sustentáveis. Se nada mudar nas próximas décadas, cerca de 45% de toda a riqueza global será produzida em regiões sujeitas ao estresse hídrico. "Esse cenário terá impacto nas decisões de investimento e nos custos operacionais das empresas, afetando a competitividade das regiões", afirma um estudo da Veolia, empresa francesa de soluções ambientais.

Em muitos países em desenvolvimento e pobres, a situação é mais dramática. Falta acesso a água potável e saneamento para a esmagadora maioria dos cidadãos. Só o tempo perdido por uma pessoa para conseguir água de mínima qualidade pode chegar a 2 horas por dia em várias partes da África. Pela maior suscetibilidade a doenças, como a diarreia, quem vive nessas condições costuma ser menos produtivo. Essas mazelas já são assustadoras do ponto de vista social, mas elas têm implicações igualmente graves para a economia. Um estudo desenvolvido na escola de negócios Cass Business School, ligada à City University, de Londres, indica que um aumento de 10% no número de pessoas com acesso a água potável nos países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) conseguiria elevar o crescimento do PIB per capita do bloco cerca de 1,6% ao ano. "O avanço econômico depende da disponibilidade de níveis elevados de água potável", aponta Josephine Fodgen, autora da pesquisa. "Embora não se debata muito o tema, o mundo pode sofrer uma crise de crescimento provocada pela escassez de água nas próximas décadas."

O uso inapropriado da água deveria ser uma preocupação de todo cidadão. DEVERIA SER, porém em Cachoeira Dourada GO, essa prática não é bem assimilada por muita gente. Precisamos colaborar e ter a consciência de utilizar menos água, e não desperdiçar pois, o recurso está escasso.

Andando pela Vila Operária, encontramos um caso de grande desperdício de água como pode-se ver nas fotos abaixo:






Esse desperdício ocorre ao longo de uma tubulação utilizada na irrigação da grama do campo de futebol da Vila Operária (COMO COMPROVAM AS FOTOS), a água desperdiçada pelos vazamentos nas tubulações escorrem como um pequeno rio pelas ruas da Vila Operária.

Em outubro de 2010 a ONG Transparência Cachoeirense denunciou ao Ministério Público várias irregularidades no atendimento prestado pela SANEAGO, nos serviços de água e esgoto à população de Cachoeira Dourada, em especial aos moradores da Vila Operária que: “havia falta constante de fornecimento de água na parte alta da Vila Operária, assim como a péssima qualidade da água quando fornecida”.

Denúncia esta, que levou o Ministério Público, em janeiro desse ano de 2014, a ingressar com uma AÇÃO CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL em desfavor da SANEAGO e do MUNICÍPIO de Cachoeira Dourada.

Na Ação o MP-GO trata das garantias constitucionais de cidadania que, dentre outras:
Conforme o artigo 225 da Constituição Federal:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações".

"§ 1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público":

"§ 3º. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados".

Portanto Senhores Administradores Públicos de Cachoeira Dourada: Senhor Prefeito, Senhor Secretário do Meio Ambiente e, porque não, Senhores Vereadores também, incumbe-vos exigir que se cumpra a lei pela “qualidade ambiental propícia à vida”.

É importante que cada cidadão cuide, para evitar o desperdício” desse precioso bem, tão raro a tantos outros irmãos de outras regiões menos favorecidas.







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