Vamos pegar uma carona numa matéria da Mariana Segala, publicada na
revista Guia
Exame Sustentabilidade em dezembro de 2012,
procurando com isso, conscientizar a comunidade de Cachoeira Dourada GO sobre a
necessidade de se fazer bom uso da água,
colaborar e ter a consciência de utilizar menos água, e não desperdiçar pois, o
recurso está escasso.
Hoje, 40% da população do planeta já sofre as
consequências da falta de água. Além do aumento da sede no mundo, a falta de
recursos hídricos tem graves implicações econômicas e políticas para as nações.
Água é o recurso
natural mais abundante do planeta. De maneira quase onipresente, ela está no
dia a dia dos 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta. Além de matar a sede,
a água está nos alimentos, nas roupas, nos carros, enfim, em tudo que
consumimos e utilizamos. Mas o recurso mais fundamental para a sobrevivência
dos seres humanos enfrenta uma crise de abastecimento.
De
acordo com estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa de Política
Alimentar, com sede em Washington, até 2050 um total de 4,8 bilhões de pessoas
estará em situação de estresse hídrico. Além de problemas para o consumo
humano, esse cenário, caso se confirme, colocará em xeque safras agrícolas e a
produção industrial, uma vez que a água e o crescimento econômico caminham
juntos.
A diminuição da água no mundo é constante e, muitas vezes, silenciosa. Seus ruídos tendem a ser percebidos apenas quando é tarde para agir. Das dez bacias hidrográficas mais densamente povoadas do mundo, grupo que compreende os arredores de rios como o indiano Ganges e o chinês Yang-tsé, cinco já são exploradas acima dos níveis considerados sustentáveis. Se nada mudar nas próximas décadas, cerca de 45% de toda a riqueza global será produzida em regiões sujeitas ao estresse hídrico. "Esse cenário terá impacto nas decisões de investimento e nos custos operacionais das empresas, afetando a competitividade das regiões", afirma um estudo da Veolia, empresa francesa de soluções ambientais.
Em
muitos países em desenvolvimento e pobres, a situação é mais dramática. Falta
acesso a água potável e saneamento para a esmagadora maioria dos cidadãos. Só o
tempo perdido por uma pessoa para conseguir água de mínima qualidade pode
chegar a 2 horas por dia em várias partes da África. Pela maior suscetibilidade
a doenças, como a diarreia, quem vive nessas condições costuma ser menos
produtivo. Essas mazelas já são assustadoras do ponto de vista social, mas elas
têm implicações igualmente graves para a economia. Um estudo desenvolvido na
escola de negócios Cass Business School, ligada à City University, de Londres,
indica que um aumento de 10% no número de pessoas com acesso a água potável nos
países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) conseguiria elevar o crescimento
do PIB per capita do bloco cerca de 1,6% ao ano. "O avanço econômico
depende da disponibilidade de níveis elevados de água potável", aponta
Josephine Fodgen, autora da pesquisa. "Embora não se debata muito o tema,
o mundo pode sofrer uma crise de crescimento provocada pela escassez de água
nas próximas décadas."
O uso inapropriado
da água deveria ser uma preocupação de todo cidadão. DEVERIA SER, porém em
Cachoeira Dourada GO, essa prática não é bem assimilada por muita gente. Precisamos
colaborar e ter a consciência de utilizar menos água, e não desperdiçar pois, o
recurso está escasso.
Andando pela Vila
Operária, encontramos um caso de grande desperdício de água como pode-se ver
nas fotos abaixo:
Esse desperdício
ocorre ao longo de uma tubulação utilizada na irrigação da grama do campo de
futebol da Vila Operária (COMO COMPROVAM AS FOTOS), a água desperdiçada pelos vazamentos nas tubulações escorrem como um pequeno rio pelas ruas da Vila Operária.
Em outubro de 2010
a ONG Transparência Cachoeirense denunciou ao Ministério Público várias irregularidades
no atendimento prestado pela SANEAGO, nos serviços de água e esgoto à população
de Cachoeira Dourada, em especial aos moradores da Vila Operária que: “havia
falta constante de fornecimento de água na parte alta da Vila Operária, assim
como a péssima qualidade da água quando fornecida”.
Denúncia esta, que levou
o Ministério Público, em janeiro desse ano de 2014, a ingressar com uma AÇÃO
CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL em desfavor da SANEAGO e do MUNICÍPIO de Cachoeira
Dourada.
Na Ação o MP-GO
trata das garantias constitucionais de cidadania que, dentre outras:
Conforme o artigo
225 da Constituição Federal:
“Todos têm direito
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações".
"§ 1º. Para
assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público":
"§ 3º. As condutas e atividades consideradas lesivas ao
meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções
penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados".
Portanto Senhores
Administradores Públicos de Cachoeira Dourada: Senhor Prefeito, Senhor Secretário
do Meio Ambiente e, porque não, Senhores Vereadores também, incumbe-vos exigir
que se cumpra a lei pela “qualidade
ambiental propícia à vida”.
É importante que cada cidadão cuide, para
evitar o desperdício” desse precioso bem, tão raro a tantos outros irmãos de outras regiões menos favorecidas.
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