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domingo, 25 de novembro de 2012

“Vexame na Política da Prefeitura de Cachoeira Dourada GO”.


Foram intensos e exemplares os acontecimentos políticos, sociais e eleitorais durante os últimos meses, desde as convenções partidárias. Relembrando que quem era o Prefeito no início da campanha, o Robson, antes e depois da convenção, dizia a todos que: "se eu ganhei a primeira eleição sem dinheiro, imagina se vou perder agora com tanto!".

Com o surgimento de uma gravação postada no YOUTUBE, “vexame da política na Prefeitura de Cachoeira Dourada”, fica evidente que para ter tanto dinheiro à disposição dele e de seus correligionários na disputa eleitoral, necessário seria simplesmente: “ter a máquina pública nas mãos”. A tal ponto que uma cidade rica em arrecadação, ficar parecendo paupérrima, com a Saúde sucateada e abandonada, salários atrasados a todos os servidores, comércio sem receber o que vendia à Prefeitura, entre outras graves deficiências. O eleitorado se preparava para assistir uma campanha onde o dinheiro poderia cair do céu a qualquer momento.

Mas o esquema e seus mentores deixaram de considerar alguns aspectos fundamentais:

- a reação social ao assalto contra os cofres públicos, que colocava em atraso o pagamento dos salários dos servidores, implicando em graves dificuldades de subsistência das pessoas;

- a articulação política da oposição, aliando e apoiando o movimento dos servidores;

Pelo primeiro aspecto o próprio Robson percebeu que, apesar de tanto dinheiro sujo para gastar na campanha, sua imagem e fama, ligada aos desvios de recurso público, aniquilava qualquer chance de vitória.

No plano, além da eleição do Prefeito, o esquema queria eleger o maior número de vereadores, pois, com tantas contas irregulares no TCM, ano que vem pretendiam aprovar todas elas, derrubando parecer do Tribunal.

Mas, eis que surge o movimento dos Professores, suas assembléias, caminhadas, apoio do Sintego, simpatia da população pela causa, e vai crescendo, crescendo, se entendendo, recebendo apoio jurídico, do Ministério Público e suas orientações, modestamente da ONG também. Cobravam seus salários atrasados, tiveram encontros com o Prefeito e primeira dama, onde receberam a promessa de regularização, mas, a voracidade do esquema não deixava sobrar recursos para o cumprimento da promessa.

Então, no início de agosto, a dois meses da eleição, o Sintego entra com uma denuncia na Câmara Municipal, acusando o Prefeito de desviar verbas do Fundeb. Era a senha querida pelo segundo aspecto que o Robson ignorou, ou seja, a articulação da oposição política e eleitoral.

Com a denúncia do Sintego, a oposição se articulou e instalou uma CPI, afastando o Prefeito por 90 dias, após intensas mobilizações de servidores na Câmara Municipal, nos povoados, renuncias de conselheiros do Fundeb e da Educação, etc.

Não foi fácil manter a oposição unida na Câmara em favor do afastamento do Robson. Alguns vereadores dormiam como oposição e acordavam como situação.

Outro candidato a reeleição, do sangue dos pacientes enfermos da cidade, da Saúde que ajudou a sucatear, retirou a cor do helicóptero que voou sobre o eleitorado fazendo propaganda, onde lia-se: "Esse é meu amigo!". Amigo aliado do Prefeito cassado, membro da CPI, onde nada fez além de criar obstáculos e dificuldades à apuração das denuncias, ausente.
O castigo tarda, mas virá! 

No lugar do Prefeito afastado assumiu seu vice, o Rodrigo. Encerrou alguns contratos, renegociou outros a menor custo, contratou uma auditoria e foi colocando em dia os pagamentos dos servidores.

Para a ONG o Rodrigo prometeu entregar toda documentação levantada pela auditoria, que indicasse graves desvios dos recursos públicos durante a gestão Robson. Comentou-se que faria uma audiência pública mostrando o rombo e os desvios. Não cumpriu isso, não entregou nada relevante à ONG, não fez a audiência pública, onde informaria a população que governo tiveram nos últimos três anos e meio.

De ouvir falar e saindo da própria auditoria contratada, a situação era absurda em desvios de todo tipo, mas, a ONG recrimina essa conduta de usar uma auditoria paga com recursos do município, para ventilar boataria pela cidade e não proceder devidamente a representação no MP, apresentando a documentação e, não repassando os documentos à ONG, como prometido, o que acarretaria representação da ONG ao MP, também.

A campanha eleitoral seguiu ao mesmo tempo que a CPI executava seu trabalho, pressionada pelo esquema. A Presidente da CPI sofreu todo tipo de pressão, calúnia, difamação e chantagem.

O esquema que governava o município até então, que celebrou todo tipo de contrato fajuto, com empreiteira de limpeza urbana, pavimentação, com contadores que não prestou serviço, e outros, também havia celebrado um contrato muito duvidoso com uma clínica da cidade, de valores elevados. Essa clínica pertence ao esposo da vereadora Presidente da CPI, ele é médico concursado no município, assim como ela.

Esse contrato, celebrado pelo Secretário de Saúde do Município, o Prefeito e o proprietário da Clínica Sara, virou instrumento de chantagem contra a vereadora, como se sua existência tivesse dependido somente dela, com a única finalidade de impedir o avanço dos trabalhos da CPI.

O esquema arregimentou diversos boateiros para espalhar pela cidade que a vereadora estava incriminada também e não merecia confiança, representaram ao MP o que conheciam desde a celebração do contrato.

Pior que isso: os maiores responsáveis pela celebração do contrato duvidoso, Prefeito e ex-secretários de Saúde, agora eram os maiores interessados na denúncia da vereadora, na boataria espalhada pela cidade e no estímulo dos boateiros.

Cópias de contratos que a ONG não conseguiu de modo algum, requerendo ao Prefeito e Presidente da Câmara, agora eram como panfletos na mãos de boateiros, que os conseguiram na maior facilidade para fazer calúnias e difamações.

Na Justiça, o Prefeito cassado tentava de todas as maneiras recuperar a chave do cofre municipal e para isso contava com as maracutaias dos seus dois fiéis comparsas vereadores, que enviava pareceres à Justiça dizendo sobre uma suposta irregularidade no afastamento do Prefeito, como também, produzindo documentos falsos.

O melhor e mais caro escritório de advocacia de Goiás foi contratado para defender suas tentativas, e, seguidas umas e outras derrotas, afastamento de desembargador por razões pessoais estranhas.
Custa muito caro esse negócio de recurso judicial preparado por escritório famoso.

Errou feio o Tribunal de Justiça de Goiás ao conceder liminar ao Prefeito cassado, passada a eleição, recolocando-o no cargo de Prefeito.

Acertou em cheio o Juiz que acatou o pedido de prisão preventiva do MP contra o vereador que descumpriu ordens judiciais, depredou patrimônio público e esteve envolvido em todas as tramas do Prefeito cassado (comprovado agora pela gravação no YOUTUBE).

Cachoeira Dourada quer viver outra história e que essas lições ajudem a todos os futuros administradores a fazer melhor sua parte.

Duas lições principais:

- Se o povo em geral, servidores, comerciantes, estudantes, trabalhadores, unidos com suas entidades representativas, ONG's, Associações, Sindicatos, se quiserem, exercem uma pressão suficiente para uma Câmara Municipal atuar, mesmo que contrariada;

- Se uma Câmara Municipal quiser, apoiada ou pressionada pelo povo, estabelece procedimentos de investigação, afastam e cassam o mandato ou nomeação de cargo de confiança.

Essas lições não devem ser esquecidas e tomara que Cachoeira nunca mais necessite recorrer a elas para evitar maiores prejuízos! Mas, não é bom esquecer!

(Matéria com a colaboração de Adenir Mateus)


Um comentário:

  1. Parabéns pelo trabalho que está sendo realizado em Cachoeira Dourada, ainda temos esperança de que um dia esta cidade será como ela merece , uma cidade linda e digna de se morar.obrigada.

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