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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ocupação e lazer sadios para jovens e adolescentes - I

Emocionado, como estou, começo a pensar em uma matéria para colocar no blog, baseado em umas informações que tenho.

Emocionado porque gosto muito de música e, além disso, assim fico quando imagino o quanto o poder público poderia fazer para ocupar jovens e adolescentes com atividades esportivas, culturais, e de entretenimento em geral, afastando eles dos riscos a que estão expostos nesta fase da vida.

Mas, a matéria fica para depois, logo, ficando como introdução esse exemplo em vídeo abaixo.




Foi nos anos 70 que o maestro José António Abreu criou o “sistema” de orquestras venezuelano, aplicado às zonas muito pobres de Caracas, de forma a promover integração social a jovens excluídos. Os resultados alargaram-se tanto que hoje há cerca de 150000 jovens abrangidos por esta exemplar intervenção social e política de que a Orquestra Simón Bolívar é a face mais visível.


Por seu grande alcance, sua ambição e brilhante sucesso, o Sistema é uma experiência artística e social provavelmente única no mundo. Seu criador e atual diretor deu-lhe desde o início três grandes objetivos. Em primeiro lugar, ajudar as crianças mais pobres a saírem da exclusão. A rede orquestral, aberta, acolhedora e calorosa, contribui para o desenvolvimento comunitário e a transformação da sociedade. Ela assume freqüentemente o papel de uma família de substituição.

Trata-se, em seguida, mediante a prática musical, de inculcar nos jovens um conjunto de "valores nobres" : rigor, disciplina, auto-controle, humildade, sentido da repartição e do trabalho em equipe. Qualidades essas que deverão ajudá-los a construir suas personalidades. Terceiro objetivo: proporcionar-lhes uma iniciação estética, "elevar suas almas".

A Rinconada é um dos mais antigos "núcleos" do Sistema. O diretor, Eugenio Carreno, é clarinetista. Em seu pequeno escritório, conta com orgulho como sua escola inventou o método de aprendizado adotado por toda a rede: "a orquestra de papel". Durante os primeiros meses de estudo, as crianças manipulam falsos instrumentos de papelão, cuidadosamente confeccionados, para que possam adquirir as posturas corretas do corpo e acostumar-se com os ritmos e os sons.

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