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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Um País Solidário - Cuba

Cuba cumpre, o Haiti dispõe como servi-la

Juan Diego Nusa Peñalver, enviado especial

Com a recente chegada a Porto Príncipe, a capital do Haiti, dum grupo de 75 colaboradores cubanos da saúde, Cuba ultrapassou seu compromisso de envio adicional de pessoal sanitário para enfrentar a grave epidemia de cólera que sofre esta vizinha nação caribenha.

A licenciada Mayra Villafranca explica aos colaboradores recém-chegados aspectos sobre a missão. (Foto do autor)

A terrível doença já contagiou mais de 114 mil de seus cidadãos, quase todos procedentes dos setores mais humildes do país.

Com este novo grupo o governo cubano cumpriu quase de maneira imediata o compromisso conraído perante as autoridades haitianas, anunciado pelo comandante-em-chefe Fidel Castro, em sua reflexão Haiti: o subdesenvolvimento e o genocídio, de 27 de novembro passado, de reforçar a Brigada Médica Cubana (BMC) com 300 novos médicos, enfermeiras e técnicos da saúde.

Agora a BMC dispõe de 1.235 membros: 501 médicos, 404 enfermeiras, 244 técnicos e 86 de pessoal de apoio. Todo este contingente solidário se vincula de uma maneira ou de outra à luta contra a cólera no Haiti, uma epidemia que continua sua propagação por toda esta nação de péssimas condições sanitárias e ambientais.

O vice-ministro cubano de Saúde e coordenador geral da BMC, Lorenzo Somarriba López, em declarações para o Granma explicou que os recém-chegados serão designados para completar as forças dos 14 centros de tratamento da cólera atendidos pela BMC, distribuídos na acidentada geografia haitiana.

Também, explicou o doutor Somarriba, este reforço permitirá completar os 40 grupos de pesquisa ativa (GPA) previstos inicialmente para, mochila no ombro, dirigir-se aos 201 municípios rurais e montanhosos de muuto difícil acesso e carentes de serviços médicos, onde a cólera faz estragos surpreendentes, provocando luto e temor na família haitiana.

Em poucos dias, os 32 GPA constituídos pesquisaram mais de 106 mil pessoas nessas zonas rurais remotas e trataram 657 haitianos com cólera, que teriam morrido de não receber assitência médica oportuna.

Além disso, estes pequenos grupos móveis, de não mais de cinco brigadistas, que incluem um médico haitiano formado na Escola Latino-Americana de Medicina de Havana, realizam um importante trabalho preventivo-educativo com os moradores, e entregam sais de reidratação oral e cloro para a potabilização da água de consumo humano. Os cooperadores da Maior das Antilhas também atendem 40 unidades de tratamento dessa doença salvando valiosas vidas.

Sem dúvida, um grande estímulo foi a felicitação transmitida pelo membro do Bureau Político do Partido, Esteban Lazo, ao trabalho da BMC, que salvou a vida de mais de 41 mil haitianos doentes de cólera, mantendo uma baixa taxa de letalidade fixada em 0,75%.

Esse espírito solidário dos cooperadores sanitários cubanos esteve presente nas palavras da recém-chegada enfermeira de Holguín Arelys Nápoles Medina, que reiterou a disposição de toda esta tropa de Fidel de ser os últimos em retirar-se e não se render jamais perante os desafios duma epidemia que mata, não à pobreza, senão à alma mesma desta nação. Cuba cumpre, o Haiti dispõe como servi-la.

Fonte: http://www.granma.cu/portugues/nossa-america/21-diciembre-cuba.html

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