Páginas

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A ONG esteve presente no Curso de Regularização Fundiária, promovido pelo Ministério Público do Estado de Goiás, no Auditório do MP-Itumbiara

Promotora de Justiça, Dra. Ana Paula, na abertura do Curso

Aconteceu um importantíssimo curso neste último dia 19 de novembro na sede do Ministério Público em Itumbiara com excelentes palestras onde se abordou com muita propriedade, os impactos ambientais a partir de empreendimento imobiliário com avaliação das consequências de ações não consideradas quando do planejamento do empreendimento, casos estes, bastante comuns a nós cachoeirenses. Foram abordados diagnósticos dos impactos do empreendimento no solo; na água, considerando a proximidade do empreendimento a um curso d’água; na paisagem; e, na saúde e bem-estar da população.

O tema do evento foi voltado também àqueles que fazem a regularização fundiária dos bairros populares de nossa região, onde estiveram presentes, membros da sociedade civil organizada (ONG Transparência), representante de Cartório de Registros, membros do Ministério Público e técnicos dos governos municipais das cidades de Itumbiara, Buriti Alegre, Panamá, Goiatuba, Bom Jesus, Inaciolândia e Cachoeira Dourada. Cujo objetivo, será a capacitação dessas pessoas para enfrentar o quadro da irregularidade habitacional nessas cidades, promover ações de regularização fundiária, entendida de forma ampla, e assim transformar gradativamente a realidade desigual de nossas cidades, o que dependerá de um esforço articulado de todos. Mais do que isso, depende da compreensão do conjunto da sociedade de que todos ganham com a construção de cidades mais justas.

Regularização fundiária, em termos gerais, é o processo que inclui medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais, com a finalidade de integrar assentamentos irregulares ao contexto legal das cidades. É também um instrumento para promoção da cidadania, devendo ser articulada com outras políticas públicas. Para que a regularização fundiária seja plena, a regularização patrimonial deve ser articulada à regularização urbanística, o que implica a execução de obras de urbanização e implantação de serviços públicos e equipamentos comunitários. Além disso, a regularização fundiária deve propiciar a compatibilização do direito à moradia com a recuperação de áreas degradadas e com a preservação ambiental.

No ordenamento jurídico constitucional brasileiro, o direito de propriedade está elencado como um dos direito fundamentais do homem. “A moradia é um conceito muito mais amplo e complexo do que o conceito de casa própria, porque a moradia constitui-se num dos fatores determinantes da qualidade de vida da pessoa humana”. (PAGANI, 2009, p. 118). 

O melhor instrumento para o poder público municipal para gestão do território municipal, na atualidade, é o Plano Diretor (Lei 10.257/01) onde estão previstas atividades de publicidade, audiência pública e acesso de qualquer indivíduo aos documentos de sua realização, dando total transparência e possibilidade de participação da sociedade.
Portanto, continuamos a cobrar do Poder Público (Executivo e Legislativo municipal) mais empenho na finalização e aprovação do Plano Diretor de Cachoeira Dourada-GO.
Murilo Mendonça, Técnico da AGEHAB

Promotora de Justiça, Dra. Suelena Carneiro - Coordenadora do CAO Meio Ambiente

Público participante

Nenhum comentário:

Postar um comentário