Arimatéia, nunca mais diga que não temos hinos, não temos poesia. Cada grito de indignação é um hino, cada marcha é um poema, cada combatente um trovador. O que nos move, mais que o dever, é o coração.
Cada vitória como a de Antonina, Pedregulho faz a gente esquecer o cansaço, o desalento e seguir. E temos uma característica única: quando um de nós ameaça cair, você mesmo diz, centenas se levantam para amparar. Podemos nos atirar em voos arriscados no trapezio em que nos equilibramos, porque sabemos que estão todos prontos para estender a rede, a nossa rede, para impedir a nossa queda.
Ando meio quieta, porque ando muito brava, meio esgotada. Então estou buscando cuidar da meninada do Coletivo Ativista que está num furor de entusiasmo comovente que renova nossas esperanças.
Temos o IFC, Amarribo, conhecendo e nos familiarizando com a Abracci e, principalmente temos uns aos outros.
Continue marchando, poeta combatente, vamos seguindo juntos.
Yara Cavine - ONG Guará
Águas da Prata - Guará - DF
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